BRIEFING DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Contexto
Milhares de pessoas aguardam por um órgão. Há somente doadores para pouco mais da metade delas. Os transplantes são a melhor ou a única alternativa para salvar quem está doente dependendo de uma doação para sobreviver. De acordo com a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 43% das famílias de possíveis doadores negam a doação de órgãos. Isso acontece pela falta de informação. A legislação brasileira não possibilita que alguém deixe nada por escrito autorizando a doação. Somente a família pode tomar essa decisão e, quando a pessoa não avisa, a família fica em dúvida.
Informações importantes
- A doação de órgãos somente será considerada após a morte e após o consentimento da família;
- As religiões enxergam a doação como um ato de caridade e amor ao próximo;
- Pessoas de todas as idades e históricos médicos podem ser consideradas possíveis doadoras. Sua condição médica no momento da morte determinará quais órgãos e tecidos poderão ser doados;
- O diagnóstico de morte encefálica faz parte da legislação nacional e do Conselho Federal de Medicina. Dois médicos em diferentes momentos examinam o paciente e fazem o diagnóstico clínico de morte encefálica. Um exame gráfico, como ultrassom com Doppler ou arteriografia e eletroencefalograma, é realizado para comprovar que o encéfalo já não funciona;
- Os transplantes ocorrem através de uma cirurgia tradicional e, ao fim do procedimento, o corpo é reconstituído, podendo ser velado normalmente;
- Os órgãos são transplantados para os primeiros pacientes compatíveis que estão aguardando em lista única da central de transplantes da Secretaria de Saúde de cada Estado. Esse processo, além de justo, é controlado pelo Sistema Nacional de Transplantes e supervisionado pelo Ministério Público;
- O programa nacional de transplantes segue um protocolo e uma organização pré-estabelecida. Cada estado tem uma central de organização, que coordena a captação de órgãos e as pessoas em fila.